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Ritual de Auto-Iniciação Luciferiano

Por Lilith Ashtart. Obra protegida por direitos autorais sob registro http://myfreecopyright.com). INTRODUÇÃO A iniciação é um ritual presente em quase todas as religiões do mundo, sejam elas representantes do Velho ou do Novo Aeon. Ela pode estar presente de forma explícita ou não; ser executada logo nos primeiros anos de vida do indivíduo (e assim este ser iniciado independente de sua vontade) ou quando este desejar tê-la; ser realizada através de um ritual hermético ou cerimonial. O primeiro propósito da iniciação é colocar o indivíduo em contato com a egrégora da respectiva filosofia na qual ele está adentrando. Este passo cumpre-se em todas as iniciações, sejam elas voluntárias ou não. Porém o real objetivo da iniciação só é atingido com a escolha voluntária do iniciado: quando ele assume um compromisso consigo mesmo de vivenciar aquela filosofia. Para isso ele deve de livre vontade aceitá-la, pois nada que é imposto é vivido em sua plenitude. Quando utilizo a palavra &q

Lúcifer e a Demonologia

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Este trecho foi retirado do livro "Lux Aeterna" de Lilith Ashtart. Obra protegida por direitos autorais sob registro MCN: CUV3M-8VP6R-3TSN4 (http://myfreecopyright.com). Na demonologia podemos encontrar Lúcifer ocupando diversas posições, variando de autor para autor. Alguns o associam com Satã, porém geralmente há uma distinção entre ambos, cada um possuindo seu respectivo cargo na hierarquia infernal. Segundo o Demonographia de Collin De Plancy, Lúcifer, o 42° demônio listado, é um amante da justiça e o responsável por assegurá-la no inferno. Satã não figura entre os sessenta e nove demônios apresentados nesta obra, mas é citado como sendo inferior a Lúcifer, o que mostra a existência distinta de ambos, pertencendo ao último o título de Rei do Inferno. Ele governa o leste e rege sobre a Europa e a Ásia, devendo ser o primeiro a ser evocado nas litanias do Sabá. Sua descrição é de uma bela criança, que, mesmo mudando drasticamente sua fisionomia quando enfurecido, não adqui

O Sacrifício sob a ótica Luciferiana e Satânica

por Lilith Ashtart Copyright MCN: E344P-G4W5B-CF93A Neste tópico trataremos sucintamente a respeito de um tema muito polêmico que é a realização do sacrifício nos rituais Luciferianos e Satânicos. Não há como deixar de tratar deste assunto aqui, já que muitas vezes a mídia, pouco interessada em conhecer o assunto, vincula como sendo sacrifícios satânicos os rituais de outras crenças, como por exemplo, a quimbanda e o candomblé, ou mesmo o ato praticado por pessoas pouco saudáveis mentalmente, comprometendo toda uma filosofia. Este não é um tópico para defender o satanismo, classificando-o de “a boa filosofia”. É apenas um tópico que relatará os fatos como estes realmente são. A visão Luciferiana a respeito do sacrifício não está relacionada à do sacrifício físico, mas sim do sacrifício simbólico. Um Luciferiano sabe que o sacrifício físico é totalmente desprovido de sentido, não cooperando em nada para sua evolução. Sob a ótica Luciferiana, o sacrifício tem que vir de si mesmo, simboli

Magia(k) Luciferiana

por Lilith Ashtart Copyright MCN: CK5LE-EHNT1-843HG “Deixa que eu, junto a Ti sob a Árvore da Ciência, Repouse, na hora em que, sobre a fronde, hás de ver seus ramos como um Templo novo se estender!”. Charles Boundelaire O Luciferianismo possui uma ampla diversidade de rituais, sendo que cada denominação possui características próprias no modo de trabalhar sua parte ritualística. Devido às diferentes e numerosas influências as quais o Luciferianismo foi submetido, como pôde ser visto anteriormente, arriscaria dizer que a Magia(k) Luciferiana é uma das mais ricas que podemos encontrar dentro do Left Hand Path. Este capítulo será dedicado ao estudo da ritualística do Luciferianismo Deísta, e algumas vezes será comentada também a visão Satânica sobre o assunto, para mostrar sua diferença. A Magia(k) Luciferiana é essencialmente magia(k) interna, embora também seja utilizada a magia(k) externa em suas duas variações, a Hermética e a Cerimonial. O ritual hermético é aquele

Os simbolismos e os arquétipos

Este capítulo foi retirado do livro "Lux Aeterna" de Lilith Ashtart. Obra protegida por direitos autorais sob registro MCN: CUV3M-8VP6R-3TSN4 (http://myfreecopyright.com). Para adquirir, visite o site http://www.clubedeautores.com.br/book/9050--Lux_Aeterna__Tomo_I_ Independentemente da crença em uma divindade ou apenas no simbolismo de seu mito, Lúcifer é utilizado na filosofia luciferiana como um referencial que, ao ser trabalhado, permite um desdobramento da personalidade e proporciona a convicção e direcionamento necessários para a condução de metas, fornecendo-nos discernimento perante as escolhas que a vida nos submete. Esta, justamente, é a função dos símbolos religiosos e conceitos idealizados por uma filosofia. As primitivas tribos e civilizações se identificavam instintivamente com os arquétipos percebidos na natureza, em seus ciclos e elementos, e os transmitiam sob formas inteligíveis aos demais através de narrações de estórias, que se constituíam com o tempo em mi

Denominações Luciferianas

Este capítulo foi retirado do livro "Lux Aeterna" de Lilith Ashtart. Obra protegida por direitos autorais sob registro MCN: CUV3M-8VP6R-3TSN4 (http://myfreecopyright.com). Para adquirir, visite o site http://www.clubedeautores.com.br/book/9050--Lux_Aeterna__Tomo_I_ O Luciferianismo e o Teísmo Dentro do luciferianismo teísta encontramos a crença na existência de deuses, seja ela politeísta ou henoteísta. A filosofia monoteísta como utilizada classicamente nas religiões dificilmente poderia ser encontrada aqui, pois determina o cumprimento de normas rígidas sob forma de mandamentos divinos que direcionam a conduta dos fiéis, privando-os de questionarem-se sobre tais ações. Havendo um único deus, nega-se a divindade latente às suas então denominadas criaturas, inferiores e servis. Somado a isso ainda pode haver a concepção de predestinação e salvação externa ao indivíduo, o que lhe dispensa qualquer esforço, já que a vontade final de deus é que será cumprida. Suas particularid

Análise de Corpus Hermeticum sob o ponto de vista luciferiano - Parte II

Análise de Corpus Hermeticum Hermes Trismegistos sob o ponto de vista luciferiano - Parte II Por Lilith Ashtart “A ascensão se produz na dissolução do corpo material (...). Deixas este corpo entregue à alteração, e a forma que eras deixa de ser percebida (...) e os sentidos corporais remontam suas fontes respectivas, das quais tornam-se partes e são novamente misturados com as energias.” Jamais devemos nos atar à imobilidade. Devemos estar sempre em busca da evolução e para isso, abertos à novas experiências, que se tornarão parte de um novo conhecimento e conseqüente aprendizado. Devemos ser como uma pedra preciosa: bruta em sua origem mas que com as constantes lapidações se torna mais bela, rara e preciosa. Quando tomamos consciência de quem realmente somos já não reconhecemos mais quem éramos; por isso a morte do que fomos, e o renascimento de quem realmente somos, o que nos aproxima de nossa essência e consequentemente do Pai. Nossa dissolução torna-se então primordial para nossa

Análise de Corpus Hermeticum sob o ponto de vista luciferiano - Parte 1

Análise de Corpus Hermeticum Hermes Trismegistos sob o ponto de vista luciferiano por Lilith Ashtart “Conheça o que quero dizer por esse meio: o que em ti vê e ouve, é o Verbo do Senhor e teu Noûs é o Deus Pai; não são separados um do outro, pois esta união é que é a vida.” Logo no início do discurso encontramos esta fala de Poimandres sobre o Verbo e a Vida. Somos o Verbo do Deus Pai quando começamos a nos conhecer e a compreender nossa verdadeira essência, o que realmente somos, e não o que aparentamos ser. Isso porque o Deus Pai está em nós, assim como somos parte dEle. Não há separação entre ambos, pois se houver, jamais poderemos conhecer a verdadeira Vida. Necessitamos nos conhecer para poder começar a conhecê-lo, nos unir a Ele em essência, não em palavras. E quando isso acontece, nossos olhos se abrem para a vida. “Ora, o Noûs, Pai de todos os seres, sendo vida e luz, criou um homem semelhante a ele (...).O homem quis produzir, também, uma obra e o Pai deu-lhe permissão (...).

Essência versus Natureza

Escrito por Lilith Ashtart © 2010 by Lilith Ashtart Embora ambos os termos possam ser encontrados em dicionários possuindo uma estreita interligação entre seus significados, de forma que frequentemente são utilizados como sinônimos em muitas literaturas, é importante que a distinção entre ambos seja conhecida para que possam ser utilizados e compreendidos de maneira clara, a fim de não dar margem a interpretações dúbias ou incorretas. Quando nos referimos à essência, estamos nos referindo a algo fixo, imutável, uma herança de nossa origem primordial que trazemos em nosso ser interior, mas que, embora não possamos modificá-la, podemos ou não aceitar vivenciá-la plenamente. Ao a descobrirmos e iniciarmos a refleti-la em nossas vidas nos aproximamos cada vez mais da re-união com nosso princípio criador; pois, assim como o ar que está preso na molécula de água tenciona voltar a seu estado gasoso original quando esta se romper através de um processo de tr

Nova edição de Nox Arcana disponível para download

A segunda edição da revista eletrônica Nox Arcana já se encontra disponível para download no site http://www.nox-arcana.com

Karma Yôga – A educação da vontade

Sri Swami Vivekanánda Principais idéias, por Lilith Ashtart Capítulo 1 – Karma e seus efeitos sobre o caráter Karma – deriva do sânscrito kri: fazer; toda ação é Karma. Metafisicamente é o efeito de nossas ações anteriores. Em Karma-Yôga é apenas utilizada com o sentido de ação. A meta da humanidade é o conhecimento. A felicidade e o prazer são temporais, e por isso não devem ser perseguidos como meta. Tanto a dor como a alegria, o bem como o mal, são mestres no aprendizado, e por isso nenhum deve ser negado na procura de outro. A maneira como o homem reage diante destes estímulos forma o seu caráter (agregado de suas tendências, a soma das inclinações de sua mente). Em verdade reflete sua verdadeira essência, já que as características intrínsecas a esta são então afloradas em suas respostas (ações) perante as situações. Estas têm justamente a função de despertar cada vez mais esta essência. Todo conhecimento é inato; quando aprendemos algo apenas nos relembramos. O progresso no conhec

O Luciferianismo

Este capítulo foi retirado do livro "Lux Aeterna" de Lilith Ashtart. Obra protegida por direitos autorais sob registro MCN: CUV3M-8VP6R-3TSN4 (http://myfreecopyright.com). Para adquirir, visite o site http://www.clubedeautores.com.br/book/9050--Lux_Aeterna__Tomo_I_ "Só sabemos com exatidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida". Johann Goethe "Todo o conhecimento genuíno tem origem na experiência direta". Mao Tse-Tung A falta de informações acerca desta filosofia a torna ao mesmo tempo fascinante e temerosa. Enquanto uma grande parcela das pessoas a julga como sendo uma religião das trevas, na verdade não há título mais injusto do que este para ser-lhe atribuído; isto porque esta filosofia é centrada na procura pela iluminação (Divindade) pessoal através do caminho do autoconhecimento. Que religião obscura teria um propósito tão nobre? O próprio arquétipo que lhe empresta o nome foi adotado por esta razão

Lúcifer e Prometeu

Prefácio ao livro de Z. Werblowsky C. G. Jung O autor deste livro subtemeu-me o seu manuscrito, pedindo-me que escrevesse uma introdução para o mesmo. Como se trata substancialmente de uma pesquisa sobre história da literatura não me sinto absolutamente com competência para expressar minha opinião a respeito. Mas o autor reconheceu muito acertadamente que, se o problema do Paradise Lost constitui, antes de tudo, objeto de crítica, no fundo trata-se de uma obra confessional, que não tem pouco a ver com certos pressupostos psicológicos. É verdade que ele tocou apenas ligeiramente nestes últimos - aliás "expressis verbis" - mas o fez com suficiente clareza, de modo a se perceber a razão pela qual apela para o meu interesse por questões de psicologia. Entretanto, por menos inclinado que eu me sinta a considerar a Divina Comédia de Dante, o Messias de Klopstock ou a obra de Milton como um campo particularmente favorável para um comentário psicológico, não posso deixar de reconhece

As diferentes faces da provação

por Lilith Ashtart Nov 18, '05 5:08 PM Uma vez me foi dito que os piores obstáculos de nossa vida não são aqueles que vêm se mostrando aterradores, em formatos monstruosos e disformes, mas aqueles que se apresentam de forma doce e terna, aparentemente incapazes de serem nocivos a alguém. Sábias e verdadeiras palavras! É natural desejar livrar-se do que te incomoda, te traz desprazeres e angústias. É contra este tipo de obstáculo que tendemos a colocar todas nossas forças e artimanhas para superá-lo. Porém, ao fazermos isso, estamos nos concentrando em apenas um inimigo, esquecendo-nos de tantas outras batalhas ocorrendo ao nosso redor e da qual nem nos damos conta. Angustiante é desejar manter-se afastado, seja fisicamente, sentimentalmente ou espiritualmente, do que se ama, se deseja, do que nos seduz... e é devido a estas características que o reconhecimento destes obstáculos se torna ainda mais difícil. É convidativo envolver-se pelos sedosos laços de seus encantos. Poré

As influências religiosas e filosóficas do luciferianismo

Este trecho foi retirado do livro "Lux Aeterna" de Lilith Ashtart. Obra protegida por direiros autorais sob registro MCN: CUV3M-8VP6R-3TSN4 (http://myfreecopyright.com). Para adquirir, visite o site http://www.clubedeautores.com.br/book/9050--Lux_Aeterna__Tomo_I_ "Aos deuses peço só que me concedam O nada lhes pedir". Ricardo Reis É de extrema importância para a compreensão do conteúdo exposto neste livro que um capítulo seja destinado a explorar os conceitos e origem destes termos, além da maneira como se encontram interrelacionados no luciferianismo. O conhecimento filosófico possui diferenças essenciais do conhecimento religioso. Sendo assim, o luciferianismo seria uma filosofia ou uma religião? Isso apenas dependerá da posição escolhida por cada um. Enquanto o pensamento filosófico se pauta em uma forma racional e empírica de conhecimento, descartando a fé e propondo hipóteses para a solução de questionamentos através de sua lógica interna, o pensamento religi

THWDIM

Nestas noites de angústia e melancolia Surge tua presença para me acalantar Envolvendo-me em teus véus de negros encantos Enxugando o pranto rubro a rolar. Como o misterioso luar, que mesmo ao longe nos abraça Sinto-me acompanhada por ti estar Minha triste face se ilumina em graça Enfeitiçada pela lembrança de teu sereno olhar. E neste momento de inerte êxtase Sem tua inevitável despedida desejar Entrego-me sorrindo aos braços das trevas noturnas Sabendo que em mim tu sempre irás habitar.

UMA DIVAGAÇÃO SOBRE A VIDA

Por Lilith Ashtart – São Paulo – SP © lilithashtart@gmail.com "Ninguém poderá jamais aperfeiçoar-se, se não tiver o mundo como mestre. A experiência se adquire na prática.” William Shakespeare A vida é como um livro do qual conhecemos apenas o momento final da história, mas que percorremos ansiosos, para decifrar todas as passagens que nos direcionará até lá. Alguns apenas esperam os capítulos virem; outros, o presume antecipadamente e acabam por se decepcionar; há quem pule muitos capítulos, e ainda aqueles que constroem um novo entendimento em cima do que lêem, reescrevendo a história conforme sua vontade. As vitórias, as incertezas, as derrotas, enfim, os acontecimentos da forma como serão vivenciados, dependerão apenas do possuidor do livro, e não de quem o teve primariamente em mente. Há uma co-autoria indissociável entre aquele que o imaginou e determinou sua conclusão, e aquele que escreve os capítulos anteriores a tal acontecimento. Cada ser humano é responsável pela const