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Mostrando postagens de maio, 2010

Análise de Corpus Hermeticum sob o ponto de vista luciferiano - Parte II

Análise de Corpus Hermeticum Hermes Trismegistos sob o ponto de vista luciferiano - Parte II Por Lilith Ashtart “A ascensão se produz na dissolução do corpo material (...). Deixas este corpo entregue à alteração, e a forma que eras deixa de ser percebida (...) e os sentidos corporais remontam suas fontes respectivas, das quais tornam-se partes e são novamente misturados com as energias.” Jamais devemos nos atar à imobilidade. Devemos estar sempre em busca da evolução e para isso, abertos à novas experiências, que se tornarão parte de um novo conhecimento e conseqüente aprendizado. Devemos ser como uma pedra preciosa: bruta em sua origem mas que com as constantes lapidações se torna mais bela, rara e preciosa. Quando tomamos consciência de quem realmente somos já não reconhecemos mais quem éramos; por isso a morte do que fomos, e o renascimento de quem realmente somos, o que nos aproxima de nossa essência e consequentemente do Pai. Nossa dissolução torna-se então primordial para nossa

Análise de Corpus Hermeticum sob o ponto de vista luciferiano - Parte 1

Análise de Corpus Hermeticum Hermes Trismegistos sob o ponto de vista luciferiano por Lilith Ashtart “Conheça o que quero dizer por esse meio: o que em ti vê e ouve, é o Verbo do Senhor e teu Noûs é o Deus Pai; não são separados um do outro, pois esta união é que é a vida.” Logo no início do discurso encontramos esta fala de Poimandres sobre o Verbo e a Vida. Somos o Verbo do Deus Pai quando começamos a nos conhecer e a compreender nossa verdadeira essência, o que realmente somos, e não o que aparentamos ser. Isso porque o Deus Pai está em nós, assim como somos parte dEle. Não há separação entre ambos, pois se houver, jamais poderemos conhecer a verdadeira Vida. Necessitamos nos conhecer para poder começar a conhecê-lo, nos unir a Ele em essência, não em palavras. E quando isso acontece, nossos olhos se abrem para a vida. “Ora, o Noûs, Pai de todos os seres, sendo vida e luz, criou um homem semelhante a ele (...).O homem quis produzir, também, uma obra e o Pai deu-lhe permissão (...).

Essência versus Natureza

Escrito por Lilith Ashtart © 2010 by Lilith Ashtart Embora ambos os termos possam ser encontrados em dicionários possuindo uma estreita interligação entre seus significados, de forma que frequentemente são utilizados como sinônimos em muitas literaturas, é importante que a distinção entre ambos seja conhecida para que possam ser utilizados e compreendidos de maneira clara, a fim de não dar margem a interpretações dúbias ou incorretas. Quando nos referimos à essência, estamos nos referindo a algo fixo, imutável, uma herança de nossa origem primordial que trazemos em nosso ser interior, mas que, embora não possamos modificá-la, podemos ou não aceitar vivenciá-la plenamente. Ao a descobrirmos e iniciarmos a refleti-la em nossas vidas nos aproximamos cada vez mais da re-união com nosso princípio criador; pois, assim como o ar que está preso na molécula de água tenciona voltar a seu estado gasoso original quando esta se romper através de um processo de tr

Nova edição de Nox Arcana disponível para download

A segunda edição da revista eletrônica Nox Arcana já se encontra disponível para download no site http://www.nox-arcana.com

Karma Yôga – A educação da vontade

Sri Swami Vivekanánda Principais idéias, por Lilith Ashtart Capítulo 1 – Karma e seus efeitos sobre o caráter Karma – deriva do sânscrito kri: fazer; toda ação é Karma. Metafisicamente é o efeito de nossas ações anteriores. Em Karma-Yôga é apenas utilizada com o sentido de ação. A meta da humanidade é o conhecimento. A felicidade e o prazer são temporais, e por isso não devem ser perseguidos como meta. Tanto a dor como a alegria, o bem como o mal, são mestres no aprendizado, e por isso nenhum deve ser negado na procura de outro. A maneira como o homem reage diante destes estímulos forma o seu caráter (agregado de suas tendências, a soma das inclinações de sua mente). Em verdade reflete sua verdadeira essência, já que as características intrínsecas a esta são então afloradas em suas respostas (ações) perante as situações. Estas têm justamente a função de despertar cada vez mais esta essência. Todo conhecimento é inato; quando aprendemos algo apenas nos relembramos. O progresso no conhec

O Luciferianismo

Este capítulo foi retirado do livro "Lux Aeterna" de Lilith Ashtart. Obra protegida por direitos autorais sob registro MCN: CUV3M-8VP6R-3TSN4 (http://myfreecopyright.com). Para adquirir, visite o site http://www.clubedeautores.com.br/book/9050--Lux_Aeterna__Tomo_I_ "Só sabemos com exatidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida". Johann Goethe "Todo o conhecimento genuíno tem origem na experiência direta". Mao Tse-Tung A falta de informações acerca desta filosofia a torna ao mesmo tempo fascinante e temerosa. Enquanto uma grande parcela das pessoas a julga como sendo uma religião das trevas, na verdade não há título mais injusto do que este para ser-lhe atribuído; isto porque esta filosofia é centrada na procura pela iluminação (Divindade) pessoal através do caminho do autoconhecimento. Que religião obscura teria um propósito tão nobre? O próprio arquétipo que lhe empresta o nome foi adotado por esta razão

Lúcifer e Prometeu

Prefácio ao livro de Z. Werblowsky C. G. Jung O autor deste livro subtemeu-me o seu manuscrito, pedindo-me que escrevesse uma introdução para o mesmo. Como se trata substancialmente de uma pesquisa sobre história da literatura não me sinto absolutamente com competência para expressar minha opinião a respeito. Mas o autor reconheceu muito acertadamente que, se o problema do Paradise Lost constitui, antes de tudo, objeto de crítica, no fundo trata-se de uma obra confessional, que não tem pouco a ver com certos pressupostos psicológicos. É verdade que ele tocou apenas ligeiramente nestes últimos - aliás "expressis verbis" - mas o fez com suficiente clareza, de modo a se perceber a razão pela qual apela para o meu interesse por questões de psicologia. Entretanto, por menos inclinado que eu me sinta a considerar a Divina Comédia de Dante, o Messias de Klopstock ou a obra de Milton como um campo particularmente favorável para um comentário psicológico, não posso deixar de reconhece