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A iniciação perfeita

POR LILITH ASHTART – SÃO PAULO – SP © 2006 MCN :: CQB8X-6FG4X-66U5P Ao almejarmos nossa iniciação, devemos ter em mente que há etapas a serem cumpridas sucessivamente para alcançarmos de modo efetivo nossa meta. Jamais devemos desejar ou procurar pular estas etapas, pois serão cobradas posteriormente e, uma vez não transpostas em um grau anterior, se tornarão obstáculos capazes de arruinar todo o processo. Sendo assim, não há etapas maiores ou mais importantes para desejarmos uma em detrimento de outra. Cada prova será equivalente e essencial ao grau de evolução em que nos encontrarmos, e por isso todas são iguais em intensidade no momento em que ocorrem. Não há chances de vitória ao entrarmos em uma guerra antes de termos aprendido a conhecer e utilizar nossas armas. É certo, porém, que quanto mais avançarmos no domínio de seu manejo, maiores serão os inimigos a serem enfrentados, e mais fatais os nossos erros. Toda etapa é única. Apenas a total compreensão, controle e conseqüente sup

SOBRE A REALIZAÇÃO DE PACTOS

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Por Lilith Ashtart Copyright 2011 MCN :: CQB8X-6FG4X-66U5P Entre tantos mitos associados ao luciferianismo há um que é a chave fundamental para todos os outros: o pacto com o demônio. Na concepção vulgar, missas hereges, sacrifícios, magia negra e afins seriam destinados apenas ao propósito de agradar a este ser para obter dele favores, em troca de sua alma. Imaginar a conquista de desejos sem empenho algum é pura ilusão utilizada por mentes comodistas e infantis, corrompidas ou desprovidas de informação. A idéia do pacto não pode existir no luciferianismo, não neste seu contexto popular e errôneo, justamente por ir contra os princípios da própria filosofia. Mesmo para os adeptos das escolas teísta e deísta isso é inaceitável: todo luciferiano tem consciência que está unicamente em suas mãos a responsabilidade de conseguir tudo o que deseja, que sem esforço, superação e constância nada simplesmente virá de graça. As bases de seu direito divino estão codificadas nisso: em nutrirem s

Ritual de Auto-Iniciação Luciferiano

Por Lilith Ashtart. Obra protegida por direitos autorais sob registro http://myfreecopyright.com). INTRODUÇÃO A iniciação é um ritual presente em quase todas as religiões do mundo, sejam elas representantes do Velho ou do Novo Aeon. Ela pode estar presente de forma explícita ou não; ser executada logo nos primeiros anos de vida do indivíduo (e assim este ser iniciado independente de sua vontade) ou quando este desejar tê-la; ser realizada através de um ritual hermético ou cerimonial. O primeiro propósito da iniciação é colocar o indivíduo em contato com a egrégora da respectiva filosofia na qual ele está adentrando. Este passo cumpre-se em todas as iniciações, sejam elas voluntárias ou não. Porém o real objetivo da iniciação só é atingido com a escolha voluntária do iniciado: quando ele assume um compromisso consigo mesmo de vivenciar aquela filosofia. Para isso ele deve de livre vontade aceitá-la, pois nada que é imposto é vivido em sua plenitude. Quando utilizo a palavra &q

Lúcifer e a Demonologia

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Este trecho foi retirado do livro "Lux Aeterna" de Lilith Ashtart. Obra protegida por direitos autorais sob registro MCN: CUV3M-8VP6R-3TSN4 (http://myfreecopyright.com). Na demonologia podemos encontrar Lúcifer ocupando diversas posições, variando de autor para autor. Alguns o associam com Satã, porém geralmente há uma distinção entre ambos, cada um possuindo seu respectivo cargo na hierarquia infernal. Segundo o Demonographia de Collin De Plancy, Lúcifer, o 42° demônio listado, é um amante da justiça e o responsável por assegurá-la no inferno. Satã não figura entre os sessenta e nove demônios apresentados nesta obra, mas é citado como sendo inferior a Lúcifer, o que mostra a existência distinta de ambos, pertencendo ao último o título de Rei do Inferno. Ele governa o leste e rege sobre a Europa e a Ásia, devendo ser o primeiro a ser evocado nas litanias do Sabá. Sua descrição é de uma bela criança, que, mesmo mudando drasticamente sua fisionomia quando enfurecido, não adqui

O Sacrifício sob a ótica Luciferiana e Satânica

por Lilith Ashtart Copyright MCN: E344P-G4W5B-CF93A Neste tópico trataremos sucintamente a respeito de um tema muito polêmico que é a realização do sacrifício nos rituais Luciferianos e Satânicos. Não há como deixar de tratar deste assunto aqui, já que muitas vezes a mídia, pouco interessada em conhecer o assunto, vincula como sendo sacrifícios satânicos os rituais de outras crenças, como por exemplo, a quimbanda e o candomblé, ou mesmo o ato praticado por pessoas pouco saudáveis mentalmente, comprometendo toda uma filosofia. Este não é um tópico para defender o satanismo, classificando-o de “a boa filosofia”. É apenas um tópico que relatará os fatos como estes realmente são. A visão Luciferiana a respeito do sacrifício não está relacionada à do sacrifício físico, mas sim do sacrifício simbólico. Um Luciferiano sabe que o sacrifício físico é totalmente desprovido de sentido, não cooperando em nada para sua evolução. Sob a ótica Luciferiana, o sacrifício tem que vir de si mesmo, simboli

Magia(k) Luciferiana

por Lilith Ashtart Copyright MCN: CK5LE-EHNT1-843HG “Deixa que eu, junto a Ti sob a Árvore da Ciência, Repouse, na hora em que, sobre a fronde, hás de ver seus ramos como um Templo novo se estender!”. Charles Boundelaire O Luciferianismo possui uma ampla diversidade de rituais, sendo que cada denominação possui características próprias no modo de trabalhar sua parte ritualística. Devido às diferentes e numerosas influências as quais o Luciferianismo foi submetido, como pôde ser visto anteriormente, arriscaria dizer que a Magia(k) Luciferiana é uma das mais ricas que podemos encontrar dentro do Left Hand Path. Este capítulo será dedicado ao estudo da ritualística do Luciferianismo Deísta, e algumas vezes será comentada também a visão Satânica sobre o assunto, para mostrar sua diferença. A Magia(k) Luciferiana é essencialmente magia(k) interna, embora também seja utilizada a magia(k) externa em suas duas variações, a Hermética e a Cerimonial. O ritual hermético é aquele

Os simbolismos e os arquétipos

Este capítulo foi retirado do livro "Lux Aeterna" de Lilith Ashtart. Obra protegida por direitos autorais sob registro MCN: CUV3M-8VP6R-3TSN4 (http://myfreecopyright.com). Para adquirir, visite o site http://www.clubedeautores.com.br/book/9050--Lux_Aeterna__Tomo_I_ Independentemente da crença em uma divindade ou apenas no simbolismo de seu mito, Lúcifer é utilizado na filosofia luciferiana como um referencial que, ao ser trabalhado, permite um desdobramento da personalidade e proporciona a convicção e direcionamento necessários para a condução de metas, fornecendo-nos discernimento perante as escolhas que a vida nos submete. Esta, justamente, é a função dos símbolos religiosos e conceitos idealizados por uma filosofia. As primitivas tribos e civilizações se identificavam instintivamente com os arquétipos percebidos na natureza, em seus ciclos e elementos, e os transmitiam sob formas inteligíveis aos demais através de narrações de estórias, que se constituíam com o tempo em mi